Por quê?
Porque o que tanto quero não faço
e o que não quero realizo?
Porque se quero tanto a paz
não a bendigo?
Mas a guerra que tanto temo,
a faço sem aviso e não a maldigo?
Por quê?
Porque o bem que é santo
a mim mesmo não imponho
e o mal que é tão somente mau,
o faço como a realização de
um belo sonho?
Por quê?
Porque o caminho tortuoso
é o que escolho?
Porque o talião no coração?
Porque não o perdão?
Dizes-me tu que és tão consciente!
Porque olho por olho?
Porque dente por dente?
Porque alma desvalida!
Porque procuras nas guerras
a dor tão sentida?
Porque és do amor,
tão desprovida?
Porque não queres a paz,
que à alma é tão sublime?
Porque não te redimes?
Por quê?
Por que a vida subtrai sem dó?
Vê e observa, um dia andarás perdida
e só.
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