quarta-feira, 18 de agosto de 2010

DESCUBRA-SE NA CAMA

Interessante, como a língua portuguesa sempre tem dois ou mais sentidos, ou homônimos sentidos. “Descubra-se na cama”, por exemplo, tem dois sentidos. Quando eu digo aqui "descubra-se na cama", não quero me referir a se descobrir dos lençóis, mas sim se descobrir na sexualidade.

A sexologia tem estudado e ensinado muito sobre o comportamento sexual e certamente ajudado, se não no todo, pelo menos em parte o problema das pessoas que procuram um sexólogo, para, diante dos seus problemas mais íntimos, abrirem-se ao diálogo e pelo profissional obter a ajuda que tanto precisa.

Na época da minha avó, falar sobre sexo constituía uma das maiores falta de respeito. Passivo de um castigo severo estava o neto ou filho que abordasse tal assunto. Hoje se tornou até obrigatório por lei, introduzir a matéria do estudo sexual nas escolas e isso é bom. Certamente que existe ainda aquela família que não aceita que seu filho ou filha tenha conhecimento mais esclarecido sobre o sexo, acreditando que esse assunto poderá desvirtuá-los deixando-os mais vulneráveis ao pecado que eles acreditam ser o sexo.

A ignorância, infelizmente, perdura ainda em certa parte da nossa sociedade, trazendo com isso a infelicidade de muitos na sua vida sexual ativa.
Tenho conhecimento de certas mulheres que jamais sentiram ou conheceram o prazer do orgasmo, embora mãe de 5 ou mais filhos, porque não tiveram um esclarecimento detalhado sobre o sexo e seu parceiro com certeza também.

É possível que algumas religiões tenham a maior parte da culpa no esclarecimento do sexo.
A criança quando tende a descobrir o natural do seu instinto sexual, através da masturbação, e na sua primeira confissão ao sacerdote, o que ela tem como resposta é que esse ato é pecaminoso, vergonhoso e imoral, impondo-lhe uma penitência para limpar-se do pecado, plantando em seu coração a semente do erro.

Há relatos comprovados que na idade média foram encontrados em determinados conventos, esqueletos de natimortos. Diante desses relatos só me resta acreditar na tão conhecida frase: Faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço.

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