terça-feira, 1 de setembro de 2009

Porta de espera

A porta era a mesma, queimada de sonho,
ali eu esperando com meu destino frio,
a esperança pode dar o prazer que disponho ,
de amor chegar, de tudo que marquei,
os melhores abraços que dou e exponho.






São anos que passaram do começo,

quase nos perdemos no meio,

faça alarde se eu esqueço,

não quero impressão dos antes,

preciso e vamos sonhar o recomeço.





O significado do tudo era somente nada,

pense nos beijos que não demos,

nos toques que passaram pela beirada,

onde foi o tesão de namorar,

as sombras não ofuscaram nenhuma camada.





Fiquei ali me cobrando pelo estrago,

nenhuma palavra pra me confortar,

sem o aluguel do quarto vago,

as lágrimas sem rosto pra chorar,

as idéias malucas que nunca mais indago.





De repente os olhos atende a alma,

o ar encarcerado vira soluço

de coisa boa quando tenho na minha palma,

virando a esquina do corredor,

pra dar paixão no amor de futura calma.

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