segunda-feira, 31 de maio de 2010

Carne vermelha carne

Exala o perfume da carne,
vermelha como se fosse rosa,
brilha o sexo semelhante flor,
que minha língua lava
com mil palavras de amor.


Desligo seus olhos da alma,
desço devagar seu colo,
variando o ritmo a mensagem
lambendo com saliva quente
seu pedaço mais selvagem.


Esconda-me inteiro,
quanto mais dentro melhor,
e quando os gemidos abalar,
descompasso,
para fogos do meu céu se soltar.


Expulsa-me depois do gozo,
escorrendo aos líquidos,
sou como animal lascivo
solto na sua floresta,
enfurecido, volto altivo.

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