terça-feira, 1 de setembro de 2009

Pintura íntima

Eu vi nascer o teu corpo atraente...
A sustentar-me num suposto abraço.
Fui desenhando, calma, traço a traço,
Eu tinha no pincel, um confidente.

Fiz do teu peito, um leito comovente.
Nele, depositei o meu cansaço,
Não vislumbrei jamais, um embaraço,
Meu coração batia tão contente!

Lembrei daquele dia... foste embora,
Como se vão os que não tem caminho,
Porém deixaste-me o que sinto agora.

Cativo nas lembranças mais queridas,
És a aquarela a enfeitar meu ninho,
Que eu levarei daqui para outras vidas.

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