Eu vi nascer o teu corpo atraente...
A sustentar-me num suposto abraço.
Fui desenhando, calma, traço a traço,
Eu tinha no pincel, um confidente.
Fiz do teu peito, um leito comovente.
Nele, depositei o meu cansaço,
Não vislumbrei jamais, um embaraço,
Meu coração batia tão contente!
Lembrei daquele dia... foste embora,
Como se vão os que não tem caminho,
Porém deixaste-me o que sinto agora.
Cativo nas lembranças mais queridas,
És a aquarela a enfeitar meu ninho,
Que eu levarei daqui para outras vidas.
Sem comentários:
Enviar um comentário