Do alto da montanha,
senti o teu cântico enfeitiçando
meu mosteiro, meu castelo de ilusões
líricas, mostrando-me
por velas e lanternas a maciez
com que tua voz embriaga
meu lamento!
Traçando minha escrita,
creio na linha, na carta
de Pandora, esta que abriga
teu coração, teu luzeiro
encantado no romântico verbo
refletido em comunhão!
Da corda de aço,
devaneio feito pinceladas
de um dia cor de rosa,
amanheço marcado pelo beijo,
anoiteço entorpecido
em avessos de sedução!
Da letra, sou a terra,
sentindo teu marejar!
Da palavra, sou a água
sentindo teu navegar!
Da estrofe, sou o ar
sentindo tua brisa soprar!
Do poema, sou o fogo
sentindo teu apaixonar,
sentindo teu amar!
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