quarta-feira, 21 de março de 2007

Talvez Seja A Hora

Por muitas noites estive perdida,
Por dias e dias não saberia encontrar,
Calma, paz, emoção esquecida.
Na ampulheta da dor, a areia parou de escoar.

Meses, anos, decorrentes de maldade,
Em minhas veias imputando veneno mortal.
Qual seria a porta da realidade?
Traria a mobilidade à ampulheta, afinal?

Campo árido, sem sentimentos,
Sol sem viço, olhar sempre a procurar.
Um raio de esperança rasgava alguns momentos.
Mas o peso do ouro tornava a pesar.

Ouro, dito abençoado, consagrado,
Que da benção tornou-se maldição.
Tempo, passe, não fique parado...
Traga alivio a tão sofrido coração.

Eis que a ampulheta quebra-se, areia a escoar.
Ouro de tolo perde seu brilho falso, enfim.
Ao longe o horizonte anuncia a felicidade a encontrar!
As trevas fugiram, a aridez deu lugar a um jardim!

Sem medo, dois corações esperam agora.
Tempos idos a retornar um encontro esperado.
Corações sonham que talvez seja a hora,
Enfim livres, seu momento apaixonado.

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