sexta-feira, 16 de março de 2007

medo

Sempre entrando a noite,
me pega distraída, fora da minha doída realidade,
enfraquece, amordaça, estremece,
me aniquila as vontades num imenso pesadelo,
não vem só, traz consigo minhas feridas num novelo...

Vem sem avisar, me tira o sono,
me desiquilibra, amarga o meu viver,
deixa negro o meu amanhecer,
me arrasta no próprio medo de perder

É a insegurança,
somada ao fracasso da falha,
aos erros do passado,
à imensa falta de amor,
é um tormento de dor,
fazendo que nada mais valha...

Vem preenchendo o buraco do peito,
aumentando a mágoa, corroendo por dentro,
estremecendo em choro abafado,
num mergulhar no perdido passado...

É doído, amargo como fel,
Insistente e impertinente,
apaga as estrelas, escurece o céu,
abrangente e duradouro,
que só deixa o coração da gente,
quando nos entregamos a Deus.

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