Eu sou um poeta
De tudo o que passou...
Das nuvens de bronze
Desfeitas em lãs,
Que se foram...
Não mais conheço,
No presente, a verdade,
Vivo imerso na saudade
Que me consome de dores...
Sou do mundo da solidão,
Convivo entre as flores,
Nos bosques de sonhos,
No meio de borboletas...
Rasgo-me nos espinhos,
Que protegem as minhas flores.
Sinto falta dos carinhos,
Que me davam os meus amores.
Cadê os meus amores?
Deixaram o meu coração.
Vou cuidar do meu jardim...
Para minorar a solidão.
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