terça-feira, 27 de janeiro de 2009

VER-TE FELIZ

… E sempre, que tu sais de mim, sinto-me
um homem, realizado. Todo eu sou
força e comunhão, e, meu pensamento,
torna-se sublime, que, contigo,
quero partilhar, bastando, quantas
das vezes, um silêncio ou uma troca de
olhares, para que nos entendamos.


Ver-te feliz, mulher por inteiro, que
há entrega, não se nega, não me traz,
nenhuma autoridade ou supremacia,
que, muitos homens, gostam de ostentar,
ante suas parceiras.


E meu ser humilde e agradecido, num
desejo primário, tão natural, como o voo,
de uma ave, abraçando-te imensamente,
acaricia tuas mãos, beijando-te a alva tez,
para, por fim, perder-se, em teus lindos
olhos, da cor do mel, que, desde o princípio,
são para mim, o meu mais puro fascínio.


Saltam as torradas; enquanto ferve o café.
E, sentados à mesa, olhos nos olhos,
sorriso nos lábios, comprometidos, pela
satisfação, proporcionada, pelo amor, que
a todo o instante, temos um pelo outro,
falamos do trivial ao importante, não
deixando de lembrar, como fomos felizes,
aquando de nossa entrega, de à pouco.


Tomados por uma súbita fome, silentes
ficamos, e entregamo-nos aos sabores
e cheiros, da farta comida, espalhando-se
por todo o plano da mesa, até nos
satisfazermos por completo.


Então realizados, dirigimo-nos ao duche,
ajustando a água, para um estado morno,
e num banho rápido, logo nos secamos,
um ao outro, achando graça a tudo isso.


E em seguida, fugindo do frio, peguei-te
ao colo e encaminhei-me contigo, para
o nosso ninho de amor, despertando, de
novo, em nós, aquele enorme prazer,
de estarmos deitados, corpo contra corpo,
abraçando-nos mutuamente, sentindo a
respiração, um do outro, com o flamejante
desejo, a não se fazer esperar.

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