Arrebatada dança noturna das mãos que imploravam
o manto de ouro, ser dos anéis às pedras ensandecidas,
o candeeiro majestoso, perfil que das velas sangravam
um toque indelével da luva beijando a sua face vencida.
Os dedos que exploram as bocas gemendo, a fecundidade
e as pernas adiantam a entrega ao monólogo dos braços;
seios que avançam a dança das mãos expelindo a vaidade
do mel às taças da fome, saciando a febre do ventre colaço.
As nossas mãos confinadas, dançantes algemas indivisíveis
enredando afã maestria, orquestrando às partituras, o nexo.
Nu, retesando o arquilho, a pele íntima em floradas sensíveis
açoitando o braseiro dos corpos em avanço no cio dos sexos.
Balé tão plangente ressuando das mãos o choro do sereno;
ápice do orvalho, pérolas qual um adorno, dueto ou despojo
na entrega encerrada revestindo o cansaço do ato supremo,
e no alegreto corporal adormece tranqüilo um canto de gozo.
o manto de ouro, ser dos anéis às pedras ensandecidas,
o candeeiro majestoso, perfil que das velas sangravam
um toque indelével da luva beijando a sua face vencida.
Os dedos que exploram as bocas gemendo, a fecundidade
e as pernas adiantam a entrega ao monólogo dos braços;
seios que avançam a dança das mãos expelindo a vaidade
do mel às taças da fome, saciando a febre do ventre colaço.
As nossas mãos confinadas, dançantes algemas indivisíveis
enredando afã maestria, orquestrando às partituras, o nexo.
Nu, retesando o arquilho, a pele íntima em floradas sensíveis
açoitando o braseiro dos corpos em avanço no cio dos sexos.
Balé tão plangente ressuando das mãos o choro do sereno;
ápice do orvalho, pérolas qual um adorno, dueto ou despojo
na entrega encerrada revestindo o cansaço do ato supremo,
e no alegreto corporal adormece tranqüilo um canto de gozo.
Sandra Ravanini
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