Que dor é essa, cujo fio invisível
tece a trama que aperta o coração
e nos chega dessa forma tão sutil
se apossando do que ainda não existe?
Que dor é essa que joga com a ausência
da esperança que é sempre fugitiva,
e friamente nos prende em sua rede
produzindo uma terrível dependência?
Que dor é essa tão amarga e tão antiga
que bebemos nas taças mais profundas,
saboreamos lentamente, gole a gole,
e chega forte, se instala, nem avisa?
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