"Menino de Rua", de olhos tristes,
Mente deformada por mil interrogações,
Sem rumo, sem caminho indefinido.
“Menino de Rua”, passarinho perdido,
Visto com indiferença!
Por que o mundo lhe é tão adverso?
Creio que o seu deus é o deus da descrença
Porque o seu problema é a fome.
Não adianta lhe convencer com conversas,
Ele é triste porque tem fome
De alimento e de carinho.
O “Menino de Rua” não tem noção
Da hipocrisia e da arrogância que o rodeia
Ele é a própria humildade...
Parece que lhe é difícil estender a mão!
“Menino de Rua”, que não sabe ler
E nem escrever o seu nome.
“Menino de Rua” que nada pede para si,
Ansioso, quer saciar a sua fome.
Menino, fruto de um mundo corrompido.
Menino-tristeza, menino-sem-nome!
Sei que o seu horizonte é a incerteza,
Dá dó o seu olhar triste,
Menino- fome.
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