sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Acordar amor

Ontem acordei você,
amanheci beijo de sol,
na noite adormeci luz,
corpo livre como lua de rua.


Desejando o beijo de ontem
fazendo amor de agora,
perdido em sonho qualquer
perdido por dentro dos nus.


Entre alfa e ômega, o nó,
amarrados e livre pra todo o amor,
o abraço sonhado em lençóis
com corpos enrolados em cetim.


O amanhã vem depois do acordar
como nunca foi,
nem ontem, nem nunca,
como o canto levado pelo vento.


Vira beijo, vira tempestade de querer,
vira brisa acalantando a primavera,
como vinho em taças no meio da cama
colorido e espalhando odores de céu.


Busco o corpo jogado ao meio,
como foi agora e como vai ser amanhã,
a espera do tudo que sempre fui,
quando acordar, quando sonhar.

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