terça-feira, 5 de abril de 2011

FRASE DO DIA

"Amigos são anjos que nos deixam de pé quando nossas asas tem problemas em se lembrar como voar."

Não digamos "não

Não digamos "não", nem "nunca mais"...
não digamos "sempre" ou "jamais"...
digamos, simplesmente: "ainda"!...
Ainda nos veremos um dia...
Ainda nos encontraremos na estrada da vida...
Ainda encontraremos a pousada,
o afeto almejado, a guarida...
Ainda haverá tempo de amar,
sem medo, totalmente... infinitamente...
sem ter medo de pedir, de implorar,
ou chorar...
Ainda haverá tempo,
para ser feliz novamente...
Ainda haverá tristeza,
ainda haverá saudade,
ainda haverá primavera,
o sonho, a quimera...
Ainda haverá alegria,
apesar das cicatrizes...
Ainda haverá esperança,
porque a vida ainda é criança...
e amanhã será outro dia!...

ACEITANDO AS DIFERENÇAS

Todos temos falhas e virtudes,
vivê-las sem ressentimento
demonstra magnitude.

Respeitar as divergências,
ser amigo de verdade
ajuda na convivência.

Construir relacionamento
de lealdade e confiança,
evita brigas e sofrimento.

Desfrutar das semelhanças,
compreender os conflitos
e perdoar as desavenças...

Ter tranquilidade para mudar
quando o próprio excesso
necessita terminar...

É permuta e aceitação
que nos faz sentir feliz
quando toca o coração!

Gratidão

Sinta-se tão grato à existência quanto possível - pelas pequenas coisas, e não somente pelas grandes... simplesmente por estar respirando. Nada temos a reivindicar à existência; assim, tudo o que é dado é uma dádiva.

Cresça cada vez mais em gratidão e reconhecimento, deixe que isso se torne seu estilo. Seja grato a todos. Se as pessoas compreenderem a gratidão, ficarão gratas por coisas que foram feitas positivamente e até por coisas que poderiam ter sido, mas que não foram feitas. Você fica grato porque alguém o ajudou- esse é apenas o começo. Depois começa a se sentir grato por alguém não ter prejudicado você - ele poderia... e foi bondade da parte dele não ter prejudicado você.

Uma vez entendido o sentimento da gratidão e permitido que ele se aprofunde em você, começará a se sentir grato por tudo. E, quanto mais grato você ficar, haverá menos queixas e menos resmungos. Uma vez desaparecidas as queixas, a infelicidade desaparecerá. Ela existe com as queixas, está enganchada nas queixas e na mente queixosa. A infelicidade é impossível com a gratidão. Esse é um dos segredos mais importantes a serem aprendidos.

Espelhos da Alma

Como expectadores da vida alheia, julgamos diariamente os gestos e atitudes do nosso próximo. Quem diz que nunca julga, não é honesto consigo mesmo. Quando fazemos um comentário, qualquer que seja, estamos julgando. Cada vez que exprimimos uma opinião pessoal sobre alguma coisa, fato ou alguém, estabelecemos um julgamento, justo ou injusto. E quando somos nós o centro da platéia, pedimos clemência, tolerância, imploramos interiormente para que se coloquem no nosso lugar e tentem entender nossas ações ou reações. Colocar-se no lugar do outro para entendê-lo, seria entrar no seu coração e alma, sentir suas emoções, vestir sua pele. Impossível. Cada um de nós é único e mesmo aquelas pessoas que mais amamos não nos transferem suas dores tais e quais. Sentimos sim, quando sofrem, mas por nós, porque nossa própria alma se entristece. Deveríamos, todos, possuir um espelho da alma, para que pudéssemos nos olhar interiormente antes de julgarmos outras pessoas. Sentiríamos, provavelmente, vergonha dos nossos pensamentos. Por que nosso próximo é tão exposto às imperfeições, falhas, pecados, más ou boas decisões, quanto nós. Se houvesse uma câmera capaz de revelar aos outros nossos pensamentos diários, iríamos estar sempre fugindo dela. Por quê? Porque ante a possibilidade de que seja revelado nosso eu, seríamos muito mais honestos conosco. Isso nos tornaria, talvez, mais tolerantes e mais humildes. Quando alguém sofre porque está atravessando por um caminho pedregoso, dói nessa pessoa não somente a passagem por esse caminho, mas também o olhar dos outros, que condenam sem piedade, as línguas que ferem mais profundamente que facas e punhais.

As pessoas que esquecem facilmente que tiveram um passado que, mesmo se correto, nunca foi um lago de água transparente, porque puras, só as criancinhas. E ninguém pode dizer o que virá amanhã, se houver amanhã. Ninguém está ao abrigo das chuvas repentinas da vida, das torrentes que podem levar tudo, dos males que podem atingir o corpo, às vezes a mente. Apenas um minuto e tudo pode se transformar. Então... melhor exercer a tolerância, a bondade, a compaixão, antes de julgarmos se outros estão certos ou errados, se têm ou não razão. E quando a tentação for grande de olhar o que se passa com outros, bom mesmo é se lembrar do espelho que deveria retratar nossa imagem interior que pediria, certamente, compreensão. E como não sabemos o que o amanhã nos reserva, vivamos o dia de hoje com sabedoria, coração amoroso para com o próximo e olhar voltado para o Alto.

ASSIM ACONTECE

A Vida é mais
que uma aventura:
Acontece.

O Amor
não tem norte:
Acontece.

Amor e Vida
lançam-se ao éter,
percorrem caminhos,
encontram teus olhos...
Acontece!

Cantiga

Das cinzas se faz a noite

Se fez o dia

Se fez manhã

E a manhã se fez escura

Tal como a noite

Que antecedia

Tal como o nada

Tal como o tudo

Que a brisa obriga

Tal como o amor



E se essa brisa

Cantiga antiga

Levasse o dia

Tornasse o vento

De canto — alento

De fim de noite

Talvez a noite

Tornasse dia

Tivesse aurora

Seria via

Seria o tempo de alegria

Tornasse sempre

Cantiga antiga

De uma alvorada

Feita de amor

Forjando a armadura

“Nego-me a submeter- me ao medo
Que me tira a alegria de minha liberdade
Que não me deixa arriscar nada
Que me torna pequeno e mesquinho
Que me amarra
Que não me deixa ser direto e franco
Que me persegue, que ocupa negativamente minha imaginação
Que sempre pinta visões sombrias
No entanto não quero levantar barricas por medo do medo
Eu quero viver, e não quero encerrar-me
Não quero ser amigável por ter medo de ser sincero
Quero pisar firme porque estou seguro e não para encobrir meu medo
E quando me calo, quero fazê-lo por amor
E não por temer as conseqüências de minhas palavras
Não quero acreditar em algo só pelo medo de não acreditar
Não quero filosofar por medo de que algo possa atingir-me de perto
Não quero dobrar-me, só porque tenho medo de não ser amável
Não quero impor algo aos outros pelo medo de que possam impor algo a mim
Por medo de errar, não quero tornar-me inativo
Não quero fugir de volta para o velho, o inaceitável
Por medo de não me sentir seguro no novo
Não quero fazer-me de importante por temer que, do contrário, seria ignorado
Por convicção e amor, quero fazer o que faço
E deixar de fazer o que deixo de fazer
Do medo quero arrancar o domínio e dá-lo ao amor
E quero crer no reino que existe em mim.”

A amizade é assim:

É sentir o carinho,
É ouvir o chamado.
É saber o momento
de ficar calado.
Amizade é somar
alegrias e dividir tristeza.
É respeitar o espaço...
silenciar o segredo...
É a certeza
da mão estentida...
A cumplicidade que
não se explica...
Apenas vive!!!

Vida

Pequena, frágil...

Nas intempéries,

vida cresce...

Sob domínio do tempo,

vida avança...

Se desenvolve...

Vida forte...

Não se dobra...

Vida linda...

Caminha no tempo...

E não se deixa marcar.

Colhe o melhor...

Na lágrima sorve sabedoria...

Na dor ganha força...

Em vidas que encontra,

vida troca,

amor,

fraternidade.

Vida só tem alegria...

Vida sabe que melhor é ser melhor...

Sabe que se outra vida fizer sofrer...

Fizer perder...

Só será vida sem vida...

Vida só é vida verdadeira...

Se feliz for...

Vida só é cor...

Se puro amor for...

Vida só será amada...

Se a vida amar.

AMAR BONITO

Talvez seja tão simples, tolo e natural que você nunca tenha parado para pensar:

Aprendam a fazer bonito seu amor.

Ou fazer o seu amor ser ou ficar bonito.

Aprenda, apenas, a tão difícil arte de amar bonito.

Gostar é tão fácil que ninguém aceita aprender...

Tenho visto muito amor por aí.

Amores mesmo: bravios, gigantescos, descomunais, profundos, sinceros, cheios de entrega, doação e dádiva.

Mas esbarram na dificuldade de se tornar bonitos.

Apenas isso: bonitos, belos ou embelezados, tratados com carinho, cuidado e atenção.

Amores levados com arte e ternura de mãos jardineiras.

Aí, esses amores que são verdadeiros, eternos e descomunais, de repente se percebem ameaçados e tão somente porque não sabem ser bonitos: cobram, exigem, rotinizam,descuidam, reclamam, deixam de compreender, necessitam mais do que oferecem, precisam mais do que atendem, enchem-se de razões.
Sim, de razões.

Ter razão é o maior perigo no amor.

Quem tem razão sempre se sente no direito (e o tem) de reivindicar, de exigir justiça, equidade, equiparação, sem atinar que o que está sem razão talvez passe por um momento de sua vida no qual não possa ter razão.

Nem queira!!!

Ter razão é um perigo: em geral, enfeia um amor, pois é invocado com justiça, mas na hora errada.

Amar bonito é saber a hora de ter razão.

Ponha a mão na consciência. Você tem certeza de que está fazendo o seu amor bonito?

De que está tirando do gesto, da ação, da reação, do olhar, da saudade, da alegria do encontro, da dor do desencontro a maior beleza possível?

Talvez não.

Cheio ou cheia de razões, você separa do amor apenas aquilo que é exigido por suas partes necessitadas, quando talvez dele devesse pouco esperar, para valorizar melhor tudo de bom que de vez em quando ele pode trazer.

Quem espera mais do que isso sofre e, sofrendo, deixa de amar bonito.

Sofrendo, deixa de ser alegre, igual, irmão, criança.

E sem soltar a criança, nenhum amor é bonito.

Não tema o romantismo. Derrube as cercas da opinião alheia.

Faça coroas de margaridas e enfeite a cabeça de quem você ama.

Saia cantando e olhe alegre.

Recomenda-se: encabulamentos, ser pego em flagrante gostando, não se cansar de olhar e olhar, não atrapalhar a convivência com teorizações, adiar sempre se possível com beijos 'aquela conversa importante que precisamos ter', arquivar, se possível, as reclamações pela pouca atenção recebida.

Para quem ama, toda atenção é sempre pouca.

Quem ama feio não sabe que pouca atenção pode ser toda a atenção possível.

Quem ama bonito não gasta tempo dessa atenção cobrando a que deixou de ter.

Não teorize sobre o amor (deixe isso para nós, pobres escritores que vemos a vida como criança de nariz encostado na vitrine cheia de brinquedos dos nossos sonhos); não teorize sobre o amor, ame.

Siga o destino dos sentimentos aqui e agora.

Não tenha medo exatamente de tudo o que você teme, como: a sinceridade, abrir o coração, contar a verdade do tamanho do amor que sente; não dar certo e depois vir a sofrer (sofrerá de qualquer jeito).

Jogue pro alto todas as jogadas, estratagemas, golpes, espertezas, atitudes sabiamente eficazes (não é sábio ser sabido): seja apenas você no auge de sua emoção e carência, exatamente aquele você que a vida impede de ser.

Seja você cantando desafinado, mas todas as manhãs.

Falando besteiras, mas criando sempre.

Gaguejando flores.

Sentindo o coração bater como no tempo do Natal infantil.

Revivendo os caminhos que intuiu em criança.

Sem medo de dizer eu quero, eu estou com vontade.

Deixe o seu amor ser a mais verdadeira expressão de tudo que você é.

Se o amor existe, seu conteúdo já é manifesto.

Não se preocupe mais com ele e suas definições.

Cuide agora da forma do amor:

Cuide da voz.

Cuide da fala.

Cuide do cuidado.

Cuide de você.

Ame-se o suficiente para ser capaz de gostar do amor e só assim poder começar a tentar fazer o outro feliz.

Quando a gente ama

Quando a gente ama alguém de verdade
Esse amor não se esquece
O tempo passa, tudo passa, mas no peito
O amor permanece
E qualquer minuto longe é demais
A saudade atormenta
Mas qualquer minuto perto é bom demais
o amor só aumenta

Vivo por ela
Ninguém duvida
Porque ela é tudo
Na minha vida

Eu nunca imaginei que houvesse no mundo
Um amor desse jeito
Do tipo que quando se tem não se sabe
Se cabe no peito

Mas eu posso dizer que sei o que é ter
Um amor de verdade
E um amor assim eu sei que é pra sempre
É pra eternidade

Quem ama não esquece quem ama
O amor é assim
Eu tenho esquecido de mim
Mas d'ela eu nunca me esqueço

Por ela esse amor infinito
O amor mais bonito
É assim nosso amor sem limite
O maior e mais forte que existe

Amigo é assim...

A força da nossa amizade vence todas as diferenças...
Aliás... para que diferenças se somos amigos?
Quando erramos... nos perdoamos e esquecemos
Se temos defeitos... não nos importamos...
Trocamos segredos...
e respeitamos as divergências...
Nas horas incertas, sempre chegamos no momento certo...
Nos amparamos...nos defendemos...sem pedir...
fazemos porque nos sentimos felizes em fazer...
Nos reverenciamos... adoramos... idolatramos...
apreciamos... admiramos.
Nos mostramos amigos de verdade,
quando dizemos o que temos a dizer...
Nos aceitamos , sem querer mudanças...
Estamos sempre presente,
não só nos momentos de alegria,
compartilhando prazeres, mas principalmente nos
momentos mais difíceis...

Sentimentos

Pessoas são passíveis de erros... de falhas.

As emoções são inexplicáveis...

súbitas...

A verdade mesmo que doa, sim é

palpável... tangível...

Algo que nem as pessoas, nem as emoções, podem mudar.

O carinho, a ternura, fazem desaparecer
a instabilidade emocional...

A constante sensação de insegurança,

de jamais saber o que esperar no dia de amanhã.

No entanto quando nos sentimos assim,

de nada adianta ficar lamentando.

O melhor a fazer é manter a calma...

levantar a cabeça...seguir em frente,

assumir o controle da situação...

Lembranças?

Sempre existirão...

De momentos doces... das alegrias...

Da cumplicidade...

Mas devemos concentrar-nos no momento presente.

Constatar que a passagem do tempo tudo modifica...

Sofrimentos amorosos não matam,

pelo contrário...nos fazem crescer.

E ... depois de aprendermos várias lições,

resta uma escolha:

Tornar-nos descrentes da vida...

Ou apostar no sonho, na magia, nas possibilidades...

Seja feliz e sonhe !

VIAGEM ASTRAL

Pelas brumas da madrugada,
na mágica alquimia celeste,
entre o sono e o sonho
minha alma procura a sua.
Cada um vive em seu mundo.
Vibrando no sutil espaço
o reconhecimento é imediato,
a alegria passageira é imensa,
e em doces sussurros, palavras
de amor ressoam pelo Cosmo.
A dor da separação é grande,
gemidos ecoam nas estrelas,
voltar à realidade é inevitável...
E ao abrir meus olhos
sinto no ar que respiro,
suave perfume de orquídeas!

Nossas dúvidas

Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com freqüência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar.

Ser Feliz

Não existe um motivo especifico
para que a gente seja feliz,
e tampouco para que a gente se sinta triste,

Quando acordamos podemos estar
felizes com o simples fatode estarmos vivos,
ou então quando acordamos
podemos nos enfurecer rapidamente
ao pensar que este dia vai ser terrível...

Durante nossa vida, se atentarmos para o fato e observarmos cuidadosamente,
vamos nos deparar com fatores incríveis....

Ao conseguirmos uma vitória sobre algo que almejamos,
ficamos em tal estado de felicidade
que achamos o mundo maravilhoso
e gostaríamos que todos estivessem felizes,

Por outras vezes, o mundo se mostra cinzento,
com uma nuvem negra,
mesmo que o sol esteja brilhando
e então achamos que todoas as pessoas são esquisitas, que são falsas e
que não há motivos para que elas sejam tão felizes assim

Portanto para que não estejamos
nem em um extremo de felicidade
nem no extremo da infelicidade,
é necessário buscarmos o equilíbrio,
a calma, a paz e a serenidade...

Precisamos controlar nosso corpo e nossa mente para os estágios que a vida nos apresenta a cada minuto
e saber tirar deles o melhor proveito
Da felicidade....o equilibrio para as horas menos felizes
Da infelicidade......o aprendizado para enfrentar os problemas

e com isso descobrir que
estar bem consigo mesmo só depende de nós,
pois
Ser feliz é um estado da Alma
que só encontramos quando
estamos em Paz e cheios de Fé.

Hoje estou feliz.....
por isso quis compartilhar este aprendizado com vocês!

A PORTA

Um Homem havia pintado um lindo quadro e, no dia de apresentá-lo ao público, convidou todo mundo para vê-lo.

Compareceram as autoridades locais, fotógrafos, jornalistas e muita gente, pois o pintor tinha fama de grande artista.

Chegado o momento, tirou-se o pano que cobria o quadro. Houve caloroso aplauso. Era uma impressionante figura de Jesus batendo à porta de uma casa. O Cristo parecia vivo. Com suas mãos de dedos longos batia suavemente e, com os ouvidos junto à porta, parecia querer ouvir se lá dentro alguém respondia.

Houve discursos e elogios. Todos admiravam aquela obra de arte. Um observador curioso, porém, achou uma falha no quadro: a porta não tinha fechadura!
Como se fará para abri-la?

- É assim mesmo, respondeu o pintor.
Esta é a porta do coração humano; só se abre do lado de dentro.

A Felicidade

“A Felicidade está nos pequenos detalhes da vida no abraço de um amigo,
no beijo de um ente querido,
no sol que aquece a pele,
na água chuveiro depois de um dia de fadiga
e muitos passam a vida inteira correndo atrás da verdadeira felicidade..."

O desespero

´O desespero é uma doença. E um povo desesperado,lesado por dificuldades enormes, pode enlouquecer, como qualquer indivíduo. Ele pode perder o seu próprio discernimento. Isso é lamentável, mas pode-se dizer que tudo decorre da ausência de educação, principalmente de formação religiosa´

Há coisas bonitas na vida...

Bonitas são as coisas vindas do interior, as palavras simples, sinceras e significativas.

Bonito é o sorriso que vem de dentro, o brilho dos olhos...

Bonito é o dia de sol depois da noite chuvosa ou as noites enluaradas de verão em que todos saem de casa.

Bonito é procurar estrelas no céu e dar de presente ao amigo, amiga, namorado...

Bonito é achar a poesia do vento, das flores e das crianças.

Bonito é chorar quando se sentir vontade e deixar que as lágrimas rolem sem vergonha ou medo de crítica.

Bonito é gostar da vida e viver do sonho.

Bonito é ser realista sem ser cruel, é acreditar na beleza de todas as coisas.

Bonito é a gente continuar sendo gente em quaisquer situações.

Bonito é você ser você.

Pense nisso...

Muita paz e luz!

sábado, 2 de abril de 2011

FRASE DO DIA

"Mais importante que adquirir uma grande sabedoria é a humildade na hora de trasmití-la."

ALMAS DESAVINDAS

Tenho tantas almas,
que, no descrer,
são montanhas a aparecer,
vãs e inúteis – sensações,
que a Razão desconhece,
e no mar permanece.

Bóiam águas calmas,
nos fúteis pensamentos…
perdidos remos e alentos,
vagando águas, outros olhos –
que nos meus, não têm porquê,
como um haver, de nem sei quê.

E da montanha, a descer,
só um nevoeiro se vê,
nado ou posto, como nem quê –
como estas almas, que me assaltam,
num redemoinho, de momentos,
cobrindo-os, de feros ventos.

Minhas almas desavindas,
são como esses ventos,
insistem nos pensamentos,
que de haver, já o eram –
assim um arado, na pedra,
onde alma alguma, medra…

QUERIA UM SOSSEGO DE SOSSEGAR-ME

Queria um sossego de sossegar-me,
entre crianças e flores a lembrar-me,
que o que sou ou fui, inda insiste,
no debruar das nuvens, que consiste.

Lembranças são barcos a perder-se,
num oceano, que, no mar, invertesse,
o sentido das cousas, e ao essencial,
que no mundo buscasse, o segredo original.

O resto é nada.
Cala.

AQUELE QUE EM FLOR TE QUIS

Não sei que sou ou fui,
sou um rio que flui,
entre o estar e o ser,
que a poucos tem dizer.

No oceano derradeiro,
de todos fui o primeiro –
ficou-me da vã Sorte,
a certeza, que é como à morte.

E se sou um sono de dormir,
minhas mágoas a carpir,
durmo em mim o que não há –
dum a outro lado, se bastará.

Tudo é vão, quanto consente.
Nunca fui feliz nem contente…
e se hoje me sinto a amar,
é porque antes, soube sonhar.

E se no sonho, doutro sonhei,
talvez tenha sido um rei,
ou a lua, quando desaparece,
que à manhã trouxe benesse.

Aquele, que em flor te quis,
como se traçasse a giz,
o teu rosto, que nem sei,
de tudo quanto eu te dei.

NESTA VIDA E À SUA SORTE

Nesta vida, e à sua Sorte,
caminhamos nosso bem-querer.
Como quando a alma é forte,
e tem sempre, o que nos dizer.

Não sou senão um passageiro,
que, ao passado, nada deve.
Fé? Que sei eu? Metade ou inteiro,
à régia sina, não foge nem teme.

Tudo é nada, e é essa a beleza…
recordar é exercício inútil…
como quando, uma certeza,
mo mostra, que tudo é vão e fútil.

E, assim, no outeiro, que luz,
quando a noite a nós é chegada,
minha alma canta e seduz,
como um carme, à minha amada.

HÁ UM SOM DE SONS NO AR

Há um som, de sons, no ar,
entre a nébula e a cessação.
E, a melodia, a se escapar,
inda palpita, na minha mão.

Como se houvesse lembrar,
que no pensamento ficasse,
de um velhinho gorjear,
do pássaro, que lá reinasse.

E de um ao outro, o canto,
que eis ouvido, na floresta,
não fosse senão um espanto,
de tudo o que nos resta.

Ilusão ou simples alquimia?
Quem, destes sons, escutou,
sua razão, entanto nasceria,
o que só o coração guardou.

DÁ A SURPRESA DE SER…

Dá a surpresa de ser o espanto
de nosso ser.
Pequeninas, pequeninas estrelas,
que, no azul, cintilam distâncias,
levam a voz do homem, ainda criança –
e na palavra mole da infância,
árvores são plantas e flores têm nome
de mulher (como as andorinhas,
de par em par, sua graça: primavera).

Amanhecem as minhas penas,
que de esperanças andam desavindas,
e o sol doira nos espelhos, que evito,
por lhes saber a constância e a ilusão –
além muito além, onde o horizonte,
mais não é que um pobre risco circular,
cedendo à vontade das cores “arco-íris”
(nuvens esgarçadas mais o verde
das folhas, de olhos fechados).

Saio do recesso de minha vigília.
Na janela me debruço; guardando
jardins abertos –
onde medra a ervinha e os jasmins,
e tu costumas passar,
jarra na cabeça, pés descalços
( e no teu corpo femíneo, um “adeus”,
de mãos enternecidas,
que no poema versado, folhas desfolhou).

BRILHA O SOLZINHO NAS AVENCAS

Brilha o solzinho nas Avencas
dormitando pétalas por abrir
na orla do rio se espalham
e levam o dia a descobrir
se de azul ou de verde se remetem.

Águas lúcidas – tão lúcidas –
(como gorjeios de aves)
têm cavalos de espuma
na embriaguez dos enclaves
além, além de tua tímida nudez.

Escutai poetas:
se o rio nasceu para ser
devemos-lhe o espanto e a alegria
como os teus olhos, amor, que, ao ver,
magnificência tamanha te enamora.

POEMA REALISTA

Um rio de misericórdia e de angústia
na alma calou a fulva receosa
(de quem a voz que me surpreende
quando o grito das águas anoitece?)
corola que estiola de pétalas caídas
no azul desmaiando, soberba lua.
Mortificadas folhas jazem agora no chão
inventando lugares e escaparates
arremessadas pelo vento que é distância
mais que prudência ou ignorância –
dos “homens” falíveis e inflexíveis
que estupram Mausoléus de pedra
incrementada.
Voo de mariposas de asas cor de escarlate;
soam os sinos a defuntos na abstracção
da pedra santificada (dorme a besta) –
embriaguez saturada de mãos vazias
que o rio colhe e o pescador zurze nas redes
buscando o peixe enredado: a momentos
esquecido quando da foz se vê o azulejo.

MINHA PÁTRIA SEM NOME

Minha Pátria sem nome,
nem pronome;
e em cada verso, o Tejo
rumoreja –
Camões compondo
líricas, no líquido das
fontes recessas,
apelando ao visco da pedra.

A pedra é sempre pedra,
esculpindo meu rosto
(como quem funde oiro,
ou coisa nenhuma) –
e os pássaros no restolho,
anunciam o entardecer,
no crepitar ansioso
das águas, na pressa de chegar.

Vãos de escada; e em
cada esquina um fascista;
escondendo-se fedendo,
nas alturas dos
arranha-céus – melhor
seria pô-los a todos,
à disposição do povo:
doutrinando-os de socialismo.

Tenho fome de dentes
na tábua… de morder o éter
insalubre, com que
deixaram meu país,
à beira do colapso flexuoso
(só a poesia pode numerar
e restringir os excessos,
da criança, que tudo sabe).

Anseio minha Pátria livre,
de escumalha
e de escombros políticos;
alva brisa adentrando nas
folhas das árvores,
guardando pela nossa
inteireza, o nome com
que do Pátrio nos elegemos.

PÓS-OPERANDIS

Meu ser inerte,
corpo desnudo
e cru; metáfora
de mãos aprisionando
meus sentidos;
éter rarefeito,
na sala purificada
e gaseada.


Faca perdendo-se
na carne doente;
é gume é cabo,
ordenando
sua propensão –
o teorema,
que rasga minhas
entranhas.


Recobrar,
no meio caminho;
e a faca suga
a lâmina, que busca
a inflamação
(não sem antes
intensificar,
a anestesia).


Envolto em tubos,
regresso às
paredes simétricas;
brancas;
(e o relógio parou, ficou
a faca o gume
e o tempo ,
que lá ficou).


Cavalos desnorteados;
dir-se-ia, que
estou inválido!
Sorrisos femininos,
acodem meu corpo
(se não fosse faca,
seria relógio,
ou chumbo de bala).

NOSTALGIA

Todo o amor, que me tens dado,
guardo-o no coração, enlevado…
É como o carinho, que a ofertar,
quisesse do afecto um beijo deixar.

Em cofre de marfim está guardado,
que no teu colo sinto-me abraçado…
E no silêncio do que possa parecer,
as rosas do amor, que as viu nascer.

E acaso sou eu, teus olhos a guardar,
confesso… sim… sinto-me apaixonar…
É como se o céu descesse até mim,
e em branca alvura, trouxesse-me a ti.

E por todo o lado Narcisos a corola
expõe; e o mal, se existe… estiola…
Menos o nosso amor, que é eterno,
persistente no querer e muito terno.

APENAS UNS VERSOS

Compulsivamente o sol venceu o gris,
das ondas e do céu mostra-se ameno,
em toda a sua generosidade rarefeita,
lembrando a sua génese contrafeita.

Continua a brilhar na noite insalubre,
com fogachos de luzes intermitentes,
e lá dentro nas casas as luzes brilham,
enquanto à mesa as pessoas se animam.

E guerreiam as estrelas, pela posição,
que julgam de direito no espaço sideral,
caem, levantam-se se metarmofeiam,
e do brandíssimo Universo se alheaião.

E uma criança com bola joga a rodapé,
esquecendo a chuva e o frio lá fora,
bola para cá, bola para lá, num ritmo
preciso, que o sono, brando, é íntimo.

DE MUSA SE FEZ SILÊNCIO

De musa escolhida,
a musa descabida,
foi um passo
a rememorar,
levando o poeta
a se atentar,
que estava só sem
palavra da escolhida,
com seus versos
falhos de palavra amiga.

Assim sem musa,
que o poeta usa,
na entrega total,
com setas nos braços
e músculos,
astuto chacal,
devorei géneses,
que do poeta foi um dia,
os poemas cantados,
em firme sincronia.

Tudo isso acabou,
tudo isto findou,
meus versos
vão sozinhos,
na noite sem par,
mais os reversos,
do poema difuso;
não me importa,
nem quero saber,
se há alguma porta.

TRISTE LUAR

Cai a noite no cinzento cru do rio,
vem branda mas trás tanto frio,
que eu sou obrigado a lembrar,
que é o inverno lá fora, a regelar.

A tudo colhe o seu braço esguio,
muros, casas, de negrume tingiu
a mão que a cobre, sobre o luar,
sem estrelas no céu a enamorar.

E as pessoas que de longe cingiu
perguntam-se se alguém partiu,
ou se é assim, a tristeza a chegar,
de mansinho, parecendo chorar.

MEDO

No dia em que me esquecer de ti,
de mim me olvidarei para sempre…
como vagabundo andarei por aí,
sem passado, futuro ou presente.


Desleixado em meu caminho serei,
entre esquinas, dormindo escadas…
e tudo que alcançar é aquilo que não sei,
nem quantas serão aqui as estradas.


Meu nome deixarei ao esquecimento,
com janelas fechadas para o prazer…
e viverei num eterno entorpecimento,
de todo perdido, sem saber o que fazer.


E quando, enfim, a omissão se formar,
apoderando-se de mim sem remissão,
num golpe de asa, hei-de me lembrar,
que um dia, já foi teu, o meu coração…

MAGNÓLIA

No meu peito aberto, magnólias
e nardos; mais as rosas
esquecidas, no teu regaço aberto,
não por acaso as deixei lá devidas,
comigo aqui por perto.

De pétalas cubro o teu sono,
que eu desvendo, brincando
com os teus sonhos, de cá para lá,
e de lá para acolá,
como que levitando.

E acordado em mim, ciente de
minha postura, teu corpo desvendo,
pelo toque suave de minha mão,
que tem cheiro a terra e desfolhada,
e é um rito qualquer, de antemão.

Acordas; sorris; e voltas a adormecer,
na quietude da noite branda.
Fecho as janelas e, deitando-me,
a teu lado, sopro-te um beijo,
de roupa te cobrindo, ajeitando-me.

AH, DÊEM-ME ROSAS!

Quis Deus que eu fosse esta fraca figura,
Que não tivesse nem terras nem empresas,
E deu-me por espinhos excessiva ternura
Com que visto as minhas muitas incertezas.

E o sono vem sempre tarde por esta altura,
Quando a partilha é solidão e reais certezas...
E o vetusto caminho, de minha candura,
É uma paisagem vazia de mãos ilesas.

Assim sou dois, o que quer e o que rejeita.
E revolta-se-me o coração, a toda a hora porvir,
A vida e com ela o amor que me enjeita.

Ah, dêem-me rosas, e um mar de calma!
Brancos braços de mulher onde dormir,
O meu desassossego, a minha alma!

CANTIGA DE AMOR

Com flores te recebo e calo
porque no silêncio
está a tua voz de quebranto
e de amor eterno,
como este céu que te canto

Céu de estrelas e de um pranto
que é mais ausência
que dor no peito, chora baixinho
a guitarra em meu leito,
cai a noite segura devagarinho

E o beijo recebido com carinho
adormece nos braços
de uma canção,
que na areia das praias e das conchas
é toda esta minha emoção

FLOR QUEIMADA

Minha voz teima em não se calar,
rodopia, gira, contorna,
não se enfeita de flores
nem se adorna de roupa colorida.

É feita de nervos e de sangue, setas
nos braços, relembrando a dor,
dos que se passeiam sem nada,
nem pão nem água nem cor nem som.

Boca de escárnio, rasgando o rosto,
o estupro da mente cansada,
ser igual a tantos outros, os demais,
como alimento para as esconjurações.

Morte lenta ainda em vida, jazem no
chão as flores queimadas, pelo toque
da mão absurda, a carne, o cheiro,
mais o quanto nos é possível aguentar.

Olhos abertos à evidência nocturna,
sombras de gatos, amaciando os muros,
e eu que vou nesta vida a cantarolar,
sou excepção à verdade oculta, dissimulada.

E calo e respeito, a dor que vos dói…

DE TARDE LEMBRANDO

De gris se veste o céu, em dia
de desassossego;
murmurejar de ondas, além-mar,
que chega até mim, cobrindo-me os olhos,
de esperanças e de bonanças.
Os caniçais estão podres e já não aninham,
os migrantes pássaros,
que viajaram toda a noite, em uníssono,
para reclamarem seu pouso de asas flectidas,
abertas às marés.
Tudo está materializado pela mão do Homem,
e sobejam
uns poucos verdes, para cantar
a natureza, que vai-se subtraindo, para
dar lugar às imensas fábricas.
Escritórios com olhos de mosca estão
fechados;
e os comboios passam, levando e trazendo
gente, no suor despertino,
de seus corpos desfigurados.

Perdendo.. perdido está!

É..

andei tanto!

Fui a tanto canto,

busquei com tanta insistência

e para meu espanto,

veio no vento e não tem a venda!!!



Tudo que procurava

encontrei no som de um acalanto

ao passar na estrada!

A Paz, o bem-estar é tamanho

que tem-se a esperança

de não estarmos sós!



Eu sabia!

Acho que no fundo algo me dizia

que não adiantava rodar o mundo!



É adquirido de modo singular,

eu diria que é algo

de pai para filho.



Olhei nos olhos da menina

que ouvia aquele ninar

e ela sorria,

como se nos céus alguma forma via

que a fizesse sonhar.



Mirei com meu olhos cansados

e não avistando nada,

deixei para lá..



Nessas minhas andanças,

além do cansaço de nunca chegar,

perdi meu olhar de criança

e não é voltando que vou encontrar..