segunda-feira, 2 de agosto de 2010

NINGUÉM É MAJESTADE

Neste chão espremido,
cultivado, chão Batido,
ajoelho-me a Teus pés.
Confesso meu segredo,
Sem medo:

Já fui príncipe,
majestade, rei.
Na eternidade
e no amor,
jamais acreditei.

Já beijaram-me a face
e também os pés...
Hoje sou nada mais
que anjo caído
Ao ver a Majestade
que Tu és.

Ao pobre já dei alimento,
Ofertei prata e jóias, até o pão...
Faziam-me festa,
em verdadeira adoração...

Beijavam-me as mãos...
Adornavam-me com louro
em verdadeira ovação.

Mas ao ver-te Senhor,
descobri...
Sim, hoje descobri
que nada sou!...
Diante da eternidade,
ninguém é majestade,
só Tu o és...
Por isso aqui estou,
à beijar-te as mãos
e também os pés.

Homem,
descobre por ti mesmo!
O que tu és, eu já fui,
e o que hoje sou, tu serás.
Atenta que só
a alma não dilui,
um dia morrerás.

Diante da eternidade
só existe uma luz
que nos dá vida,
esperança e amor.
Está nele, em ti, em nós...
E na pequena flor.
Luz Eterna, incriada,
sempre terna...
Jesus.

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