quinta-feira, 12 de novembro de 2009

"Menino de Rua"

"Menino de Rua", de olhos tristes,

Mente deformada por mil interrogações,
Sem rumo, sem caminho indefinido.


“Menino de Rua”, passarinho perdido,
Visto com indiferença!

Por que o mundo lhe é tão adverso?


Creio que o seu deus

É o deus da descrença

Porque o seu problema é a fome.


Não adianta lhe convencer conversas,
Ele é triste porque tem fome

De alimento e de carinho.



O “Menino de Rua” não tem noção

Da hipocrisia e da arrogância que o rodeia
Ele é a própria humildade...




Parece que lhe é difícil estender a mão!
“Menino de Rua”, que não sabe ler

Nem escrever o seu nome.



“Menino de Rua” nada pede para si,

Ansioso, quer saciar a sua fome.

Menino, fruto de um mundo corrompido.


Sei que o seu horizonte é a incerteza,
Dá dó o seu olhar triste,
Menino triste sem nome, menino-tristeza,



Menino com fome.

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