Se de repente
Sumisse do mundo a poesia
Porque não existisse mais poetas
E os seus versos,
Como seria?
Passaria a prevalecer ciência
Com as frias leis da botânica..
As flores não mais enfeitariam sonhos,
Seriam meras estruturas reprodutoras.
Elas, como tudo,
Teria a frieza da mecânica...
Até o beijo entre os que se amam
Perderia a sua magnitude emocional
E o seu intrínseco significado,
A sua lídima expressão.
Os passáros, os mares, o horizonte
Os rios, as matas, as serranias,
As ilhas, os desertos, os oásis,
As planícies, as serranias,
Os entardeceres,
Os romperes da aurora,
A lua a alcovitar os enamorados,
As estrelas a cintilarem encanto,
O homem, a mulher, a criança,
Afinal, tudo e toda a natureza,
Não mais emanariam emoção.
Eis o valor da poesia,
Nela o dom de exprimir em versos
Os impáctos dos dos corações
E as fantasias...
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