Amarga minha boca o sabor do pecado
Raspa minha pele, açoite!, vento gelado
Meus passos trôpegos expõem a nudez
Dobro, em curvatura, a pálida cor da tez
Meu âmago carrega, da culpa, as dores
Que ferem meus órgãos em estertores
Finco meus dedos na pele emaciada
Vago em busca de mim, do meu nada.
Arrasto meus temores no pesado fardo
Este que queima; explosão do petardo!
Exponho a traição no andar descalço
No pó que me envolve os pés. Percalço!
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