terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Traição

Amarga minha boca o sabor do pecado

Raspa minha pele, açoite!, vento gelado

Meus passos trôpegos expõem a nudez

Dobro, em curvatura, a pálida cor da tez



Meu âmago carrega, da culpa, as dores

Que ferem meus órgãos em estertores

Finco meus dedos na pele emaciada

Vago em busca de mim, do meu nada.



Arrasto meus temores no pesado fardo

Este que queima; explosão do petardo!

Exponho a traição no andar descalço

No pó que me envolve os pés. Percalço!

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