sábado, 14 de julho de 2007

A VASA

Do fundo mar cai no papel em espiral
espelha de um triste canto o marejo;
uma lágrima daquel' alma em arquejo
à espera de alguém junto ao madrigal.
Resvala em nada na praia tão evidente
num solfejo chora qual a corda da viola
lembrando quão solitária roda a argola
na seca relva implorando ser presente.
Cerra os olhos ante os raios luminosos
reflexos de amor magoam as entranhas
amargam em nós, fechados e poderosos!
Uma nódoa destoante a luz do sol a terra
pálida e sozinha a tal órbita acompanha
inerte olha...vê amor, não há lugar a ela.

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