segunda-feira, 16 de julho de 2007

SINGREI TANTOS MARES

Singrei tantos mares na vida
em busca de reencontros...
Preciso tanto, que a paz perdida
descubra onde me encontro...

Nesta viagem precisa em desespero,
tormentas ímpares e revoltas.
Mares de lágrimas em apelos,
distantes demais, para que as ouçam...

Um dia, num vento de serena calmaria,
ofertei meus azulados sonhos,
devaneios de viajante iludido
onde auroras, não mais despontam...

Mistérios profundos, em ondas oscilantes
angustiada alma errante em miragens...
Incauta busca de tranquilidade
nas truncadas emoções delirantes.

Conheci mares abertos em partidas,
onde, num cais vazio o pranto desponta...
Saudades acenavam condoídas
num adeus, que um novo caminho aponta...

Vaguei sem destino certo...
No vale do desencontro, remoinho me tragou,
pois que meu porto, fez-se deserto
quando o farol do amor, se apagou...

O mais violentos de todos,
foi o escuro mar da desilusão...
Nele, estilhaçado coração tolo,
desencontrou-se da própria razão...

Tentei em vão, atracar na enseada da esperança...
Singrei mares em dores sangrando,
quando enfim, o tempo me alcança
e acolhe um corpo, no sono do abandono...

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