terça-feira, 17 de julho de 2007

Refúgio

O sono é refugio, e eu te amo,
como se nada existisse,
porta do meu dia,
vício bendito do meu desejo.


Pense em como te sinto,
clamo o olhar ao menos,
não ria, te quero tanto,
tudo muito mais que deusa.


Só meu sonho é luz,
continuo caverna escura,
meu corpo está negro,
olhe-me, e, me encanta outra vez.


A noite é meu primeiro amor,
bebo o vinho acompanhado do silêncio,
o gelo ainda corre o corpo,
tudo na mesma madrugada.


Falo de amor por um segundo,
sei de ti, o que jamais soube,
o eco da paixão soa pela manhã,
lá vem o sol, ela não acordou amor.


Meu grito soa como criança,
corre o mundo e morre ao vento,
se um dia ouvi-lo,
acorda-me do sono e fala de amor.


E eu te amo,
é como refugio na minha noite,
um clarão de razão sem voz,
abandonado, e eu te amo.

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