sábado, 14 de julho de 2007

NO CALIX, A PRIMAVERA

Alcançará assim qual brisa da manhã
em gota de orvalho, incenso em licor
abrindo e fechando sépalas c'o amor
daquelas sementes em aroma de romã.



À luz do sol brilharão pétalas carmim
em beijos, a primavera qual porcelana
translúcida onde se vê em tramontana
um só desenho exposto naquele jardim.



Imagens e reflexos no chão de espelhos
da pétala entreaberta àquela sementeira
recolhendo fios dourados e vermelhos,



do cálido entrelace dos pólens em delírio
valsando em róseos tons junto à roseira
que estremece diamantes num suspiro.

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