terça-feira, 17 de julho de 2007

Em demasia

Sossega-te oh vida... em demasia
Amante, sou teu caso, sem que queira
Ser segunda, a outra, ou a primeira
Das letras ser mais uma companhia.

Estrofes são perversas... almas frias!
Solitárias raparigas sem enredo
Condenam-me na sentença ao degredo
Amordaçam-me a viver de fantasias!

Nem sabe a vida... Nem sabes oh vida!
Se sou água, sou o ar, ou sou comida.
Se do vinho sou o calor, o que tu bebes...


Farta-te, pois! Sou como um banquete
Usa o que em mim, sobras, ao ter-te,
E morre no gole que te despedes...

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