Eu não sou este nem o outro, Sou qualquer coisa de premeio –
Ponte de passagem entre mim e o outro.
Sou todos e sou nenhum, voz de enleioQue vai de mim para o outro.
Falta-me aqui um golpe de asa,Para ser o homem em sua plenitude.
Quase tudo e quase nada, em toda a sua vicissitude.
Ah, quem dera,
Ponte de passagem entre mim e o outro.
Sou todos e sou nenhum, voz de enleioQue vai de mim para o outro.
Falta-me aqui um golpe de asa,Para ser o homem em sua plenitude.
Quase tudo e quase nada, em toda a sua vicissitude.
Ah, quem dera,
aqui, sumptuosa casa,
A momice de quem por lá passa.
Queria ser toda a voz restrita e calada,
Queria ser toda a voz restrita e calada,
Acabar com as religiões e sua farsa.
Ser a prostituta que cala na noite,
Ser a prostituta que cala na noite,
Quando esta está para aí virada.
Ser o escroque,
Ser o escroque,
o ladrão, marinheiro de água doce,
Que se retempera como num açoite.
Quisera ser o mendigo perdido de si mesmo,
Quisera ser o mendigo perdido de si mesmo,
E encontrado a golpe de foice.
Eu não sou este nem o outro,
Eu não sou este nem o outro,
Sou algo que se procura de esmo a esmo –
E vai deste para o outro.
E vai deste para o outro.
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