quinta-feira, 10 de maio de 2007

AMOR DIAMANTE

Numa noite, sem que o luar surgisse,
Os pincéis do vento enfurecidos com fetiche
Tingiram os céus de marinhos açoites.
Sem que pudesse visualizar teu semblante
Meu amor embalou-se em obscura nuance
Amei-o com ardor, intermitentes lances.
Fizemos de nossa cama uma teia
Um amor êxtase que ora incendeia
Ora desatina, ora desnorteia.
Amor demente, sem mente!
Sem lua e flor ausente
Mas amor diamante, clemente.
Lapidado lentamente.

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